Quem nunca teve
algumas (para não dizer diversas) conquistas imaginárias? Elas são
acompanhadas de celebrações, danças de alegria, brindes, chorinhos de
tanta emoção, e tudo isso, por algo que estava quase certo, e na verdade
nunca aconteceu. Não apenas choramos de temor pelas coisas que não
aconteceram, temos o costume de comemorar antes da hora também. Sou
muito intensa, em tudo, às vezes (confesso, tenho que confessar) chego a
ser ridícula, mas fazer o quê? Essa sou eu! Enfim, diversas vezes
comemorei antes do ovo sair da galinha, e no fim de tudo, ficar
contemplando a galinha com aquele ovo guardado, não é nada legal. Mas,
vou dizer algo que só as pessoas com mais idade (será que estou virando
uma delas?) falam: tudo isso me fez amadurecer muito. E é verdade! Não
me cansava de fazer planos com salários que pensei que iria ganhar, e o
emprego acabava não sendo meu; cheguei até a cometer uma das minhas
loucuras mais insanas (para um coração tão racional), espalhei uma
possível paquera, como uma quase certeza de um futuro namorado, que
nunca chegou a ser nem um flerte no presente (aloka, eu sei); e viajei
por diversos lugares que quase que eu chegava lá. Espero não estar
sozinha nessa doideira (não uso drogas, dou a minha palavra kkkkkkk).
Hoje, com uma certa idade (não é muito, quero viver muito mais), olho
para trás e vejo uma parte da Rebeca que fui e ela se mistura muito com a
de hoje. Vivo em uma constante luta, comemorar tudo (até o que não
aconteceu), ou esperar para celebrar a conquista almejada de fato sendo
concretizada? Acho infantilidade ficar numa vibe de acreditar que tudo
vai acontecer como estou imaginando, apenas porque estou querendo muito
ou porque tudo parece que de fato vai acontecer como estou pensando.
Mas, acho muito perfil de velho mal amado, não botar fé naquilo que a
gente deseja tanto que acabe dando certo. Vou buscando o equilíbrio
disso tudo e começo a ter: mais fé para ir à luta daquilo que acho que
devo botar as minhas mãos e aperto no freio naquilo que acredito que
devo não me meter tanto para acontecer. Também começo a acreditar mais
em Deus, que acima das minhas decisões, sempre tem um plano melhor, e se
for igual, na maioria das vezes tem um tempo totalmente diferente do
meu. O que eu quero dizer no
fim de tudo isso, é que devemos celebrar todos os momentos, se assim o
nosso coração quiser, mas é bom falar baixinho para ele, quem nem sempre
será do jeito dele, mas no fim das contas, vai ser sempre melhor.
Então, pode celebrar sem medo, sendo sim ou não, viveremos o melhor,
sempre! Eu acredito assim, graças a Deus!
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