8/30/2012

CHEGANDO NOS 30


Conversando com uma amiga, do tipo quase 30 anos (como muitas que tenho na atualidade), ela falou que já se considerava com 30, já sente seu corpo e cabeça mais do que preparados para viver essa virada. Confesso que reluto um pouco para avançar e chegar nessa casinha, estava tão bom na casinha dos 20, mas não tem como correr, nem fugir... Os anos passam para todas. Se acostumar a trocar as festinhas de 15 anos, por casamentos e chá de panela, lingerie, casa nova e outros chás da vida, não é nada fácil. E trocar o seu corpinho de 15, que não engordava com praticamente nada, pelo corpo dos 30, que engorda até com o vento, é uma intempérie bem desafiadora. Mas, em contrapartida, tudo (verdadeiramente tudo) tem seu lado bom, basta apenas olharmos para outra direção, aquela que a gente não costuma priorizar, porque vivemos com uma percepção bem superficial sobre quase tudo na vida, para não dizer tudo e ser muito generalista (ninguém gosta disso).
 
Quando comecei a analisar a mulher de quase 30 anos (sim, essa que vos escreve, eu mesma), comecei a me perceber diferente; mais madura, com novas buscas, novos olhares. Vi que nem tudo é sério demais, e nem sempre tudo é bobagem. Percebi a importância e relevância de termos bons amigos na infância/adolescência, porque no fim das contas, eles vão nos lembrar as nossas histórias. Também percebi que poderia ter amado mais, me rendido mais aos sentimentos, que por medos, acabaram me impedindo de viver uma das maiores aventuras do coração: a paixão, o amor. Também compreendi a frase que tanto me falaram: "Aproveite enquanto é tempo e você não tem responsabilidades a cumprir e nem compromissos a honrar." Essa, mesmo sem compreender quis obedecer, e de fato, hoje sou feliz por olhar para trás e perceber que aproveitei pacas. E sabe o que mais amei nessas análises dos pré 30? Que todos os nãos da vida, me ajudaram a ser mais forte e acreditar mais em mim; eles não me levaram para longe ou para o fracasso, me empurraram para mais perto dos meus sonhos, porque aos poucos, fui vendo os medos irem embora, os julgamentos também.

Ao longo dos anos, a gente vai olhando para si e enxergando os próprios erros e amadurecendo as nossas ideias de uma forma super rica e inovadora. É como se a menininha dos 15, não tivesse mais medo dos dedos apontados ao falhar, porque a mulher dos quase 30 fala mais alto e diz: "Pode se arriscar, não existe nada a temer. Você pode tentar quantas vezes você quiser." E se você, como eu, também ainda tem a infelicidade de ter uma desavisada espinha no meio da testa aos quase 30, não tem problema, você não chora, não grita e não se desespera (vai, você pode até gritar de raiva), você se percebe com mais valores fora um rostinho bonito e 100% bundinha de bebê. Outro ponto forte, é como enxergamos os homens, aqueles bíceps meio Schwarzenegger já não é o atrativo principal; uma boa conversa, respeito e afinidades nos interesses futuros são os músculos que precisamos para o relacionamento ter mais firmeza e garantir mais durabilidade.

E o mais engraçado é como enxergamos as princesas, elas estiveram durante toda a nossa vida marcando presença, com muita beleza, delicadeza, o excesso da feminilidade em pessoa a espera do príncipe no cavalo branco. Confesso que continua sendo bom vê-las na telona do cinema (sou uma eterna apaixonada pelas comédias românticas) mas, conseguimos enxergar algumas coisinhas a mais nessa mulher: mãos que precisam ser gastas no trabalho (seja digitando no pc, como eu), dias que não são como finais felizes a cada anoitecer, um companheiro que nem de longe se parece com o príncipe, bem como nós estamos bem longe de sermos princesas, pois erramos, somos sujeitas a pensamentos e discursos que machucam e nem sempre fazem bem. E no fim das contas, isso não é ruim, é bom demais! Nos permite vivermos aprendendo com os erros, amando acima da nossa projeção de que todos devem ser perfeitos, colocando o exercício do perdão em prática, deixando o orgulho de lado e se percebendo tão diferente e ao mesmo tempo igual ao próximo.

Chegar aos 30, minhas queridas, é uma dádiva! É ter mais parte de si mesma em você, uma que ainda não existia, que foi formada ao longo dos anos, ao longo das suas vivências, ao longo das suas dores e alegrias, das lágrimas e dos sorrisos, das viagens, dos passeios, das descobertas, dos erros e das conquistas. Por fim, a mulher dos 30, representa uma nova etapa, um novo olhar, um novo sentir e planejar; sem esquecer da jovem com os 20 anos, a adolescente com os 15 e a criança com os 6 que um dia fomos. Posso afirmar que é um mix muito do bom! E você?

8 comentários:

  1. Anna16:16

    Aos 15 nunca me imaginei com 30anos.. me imaginava com 20.. hj, chegando lá, vejo que as experiencias e decepções que passei me transformaram em uma mulher de pulso firme, independente e muito mais confiante.As vezes me sinto sozinha,cheia de manias talvez, mas me divirto com minhas trapalhadas! A unica coisa ruim é a engordadinha básica e a enxaqueca que não sai mais de mim! kkkk Continue escrevendo..adoro seu ponto de vista! bjokas

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  2. Dificil não é encarar que se está chegando aos trinta, dificil é chegar aos trinta estando bem,rsrsrs! Confesso que da trabalho chegar aos trinta anos com tres filhas e ter que ser um exemplo de mãe pra elas,rsrsrrss
    Graças a Deus estou concordada com essa fase, acho muito bom ter manias só minhas, ser independente e saber que "quanto mais velho o vinho melhor", me sinto assim, beijos adoro suas postagens!!!
    Taina

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  3. Consegui encarar bem a possibilidade de chegar aos 30, mas quando os dias se aproximaram, fiquei assustada e quase entrei em crise. rsrs... Fiz 30 há exatamente um mês. E, embora em minha mente eu tenha essa idade há mais tempo, ainda hesito quando me perguntam minha idade. Não por vergonha (tenho orgulho da minha idade), mas por falta de costume mesmo. O mais difícil pra mim, nessa fase, é lidar com as cobranças pelo marido e filhos, que eu ainda não tenho. Cobranças minhas, até!
    Mas aprendi, nesses poucos 30 anos, que as coisas acontecem quando tem que acontecer. Enquanto isso, a vida segue cheia de encontros e desencontros, cheia de emoções.
    Adorei o texto. Vc disse tudo! Parabéns!

    IUZI

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  4. Rebeca Barros17:18

    Meninas, amei os comentários de vcs! É tão bom saber que não estamos no barco sozinhas, né? Com certeza viver os 30 é massa, estou quase lá, mas já estou bem preparada. Então que venha os 30, os 40 e muitos anos para a gente viver bem, e muito feliz. :D

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  5. Anônimo17:18

    Oi Rebeca,

    Adorei suas palavras e posso te dizer uma coisa... meus 30 foram os melhores anos de minha vida. Casei, comprei meu apto, fiz minha primeira viagem interncional e realamente passei a ser uma pessoa melhor... Não sei te explicar porque, mas amadureci muito em 1 ano e passei a ver tudo com diferentes olhos. Coisas que antes eram tão importantes percebi que não tinham valor e passei a dar mais valor ao dia a dia e a pequenas alegrias da vida... Curioso? Acho que não. Acho que isso é amadurecimento mesmo.. Depois se tiver um tempinho passa no meu blog, adoraria te ter como amiga!
    Bjos
    Lyd
    http://adooroter30.blogspot.com.br/

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  6. Anônimo17:28

    Perfeito Adorei me Indentifiquei bastante com seu Pensamentos em relação a chegada dos 30 anos você descreveu tudo e penso exatamente igual. Estou com 28 anos e me preparando para a chegada dos 30 que com certeza é mais uma dádiva! adorei sua postagen continue sempre assim postando ótimos pensamentos sobre a Vida!!!

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  7. Anônimo18:57

    A vida aos 30 é uma etapa de reconhecimento do quão nossa vida passou rápido. Entrei em crise, foi estranho é como se eu não tivesse mais tempo de fazer muitas coisas que eu sempre quis. Foi dificil, mas... passou próximo mês já completo 34 e posso afirmar, que me sinto cada vez mais experiente e mais mulher.
    E, que venha os "enta" ... rsrsrsrs

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  8. É esse o sentimento, você descreveu perfeitamente.
    E que venha os trintaa...:)Faltam só 4 meses..

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