8/05/2008

A Família Mudou


“Nos Estados Unidos, as mulheres solteiras passaram de 30 milhões para 55 milhões, ou seja, aumentou o número de mulheres que lideram a estrutura familiar”, diz Penn. O palestrante salienta que, naquele país, existem mais nascimentos de meninos do que de meninas, mas, em torno da idade de 20 anos, há mais homens que morrem do que mulheres. No entanto, há duas vezes mais homossexuais masculinos do que entre as mulheres, o que dificulta a vida amorosa das mulheres heterossexuais. Ainda sobre as mudanças entre as mulheres, o especialista fala: “À medida que vemos mais mulheres bem-sucedidas na força de trabalho, vemos o surgimento da ‘mulher-pantera’. Com isso, cresce o número de casais em que a mulher é cerca de cinco anos mais velha que o homem”.Os jovens casais atrasam o nascimento do seu primeiro filho. Mas muitos optam por ter bichos de estimação, que são muito mimados em petshops, hotéis e até padarias especiais para os animais. “Os bichos passaram a ser a família em determinados grupos e consomem vorazmente sua renda disponível”, ressaltou Penn.Quanto aos pais de segunda viagem (pessoas que se tornam pais e torno dos 45 anos), o que acontece, segundo as pesquisas de Penn, é que a experiência da paternidade torna-se bem diferente da dos pais jovens. É diferente, também, a experiência familiar de consumo. “Está aí um novo grupo, com novo estilo de vida. Assim, o que buscamos são as mudanças no estilo de vida”, arremata.Ao mesmo tempo, os pais (do sexo masculino) passam mais tempo com os filhos nos Estados Unidos do que passavam antes, porque as mães transferiram parte de sua responsabilidade ao marido. Esses pais se consideram negligenciados pelo mercado.Identificou-se, também, a tendência de os casais morarem em cidades distintas durante um determinado período de tempo, por razões de trabalho ou estudo. Isso significa um grande mercado para vídeo-conferência, por exemplo.Casamentos entre pessoas que se conheceram pela internet são um outro caso de microtendência de relevo. O casamento surge a partir de um grupo social muito menos restrito do que antes. “Agora, há um mundo de escolhas, inclusive sites especializados em encontros. Tal fenômeno está quebrando as barreiras convencionais de classes sociais e distância”, explicou o consultor. “72% das pessoas que se casaram pela internet, segundo nossas pesquisas, estão extremamente felizes, apesar do preconceito que ainda existe quanto a esse tipo de encontro”, salientou Penn.A relação com o trabalho gera novas demandasA respeito do tempo de vida economicamente ativa das pessoas, Penn mencionou que o esperado era que se trabalhasse menos, quanto mais afluente se tornasse a sociedade. O que se vê, hoje, é que as pessoas querem trabalhar mais, seja porque gostam do trabalho na economia do conhecimento, seja porque limitações de renda as impede de se aposentar.Penn afirmou que o crescimento da população idosa que tem tempo, energia e renda, é notável. “Se a geração mais velha resolvesse trabalhar um ano a mais, resolveria muitos problemas da previdência social”, apontou o conferencista, que informou que metade dos americanos de hoje não vai se aposentar. Uma parte deles, porque não tem dinheiro; outra parte, porque quer continuar trabalhando. “As pessoas estão escolhendo o trabalho antes do prazer. É preciso reavaliar como será a próxima geração de idosos. As implicações disso são enormes.”

Fonte: HSM

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