6/14/2011

RETORNO DAS CARTAS!


A comunicação é massa! Entender e se fazer entendido é uma verdadeira arte! A comunicação já sofreu diversas mudanças, umas foram extintas ao logo dos anos e outras, apenas aprimoradas. O mais interessante é que, ao mesmo tempo que ela nos uniu, também nos separou.
Já nos comunicamos de diversas formas: com pinturas, através de sinais codificados (código morse), com cartas, telégrafos... Até pombo correio (será que o meu filho irá acreditar nisso?).
Necessitamos da comunicação desde os tempos primórdios, isto é fato. Todavia, o que me deixa absorta em relação a isto tudo, é que independente do aprimoramento realizado nos meios de comunicação até hoje, o que conseguimos alcançar, foi menor intensidade nos relacionamentos (contrariedade total). Hoje, vivemos de uma forma tão superficial, praticamente somos avatares (saindo das telas do mundo cyber, direto para o mundo real), e o pior, sem nem perceber. Peguei um pouco da época das cartinhas (vantagens da idade um pouco avançada), me lembro que as utilizei bem em minha adolescência, escrevi para amores (coloquei no plural só para soar mais bonito, não foram tantos), amigos, parentes... E era maravilhoso! Não tinha limite de caracteres, nem pressa para terminar. O que importava ali eram os sentimentos, a construção das frases, o transpirar do querer falar algo para alguém que, era imensamente importante! Quantos de nós escrevemos e-mails ou tuitadas com esse sentimento? Garanto que a paixão não é a mesma na arte das palavras! Hoje, somos mais racionais, temos medo de sermos verdadeiramente transparentes, medimos as palavras e se a soltamos demais, é por uma vontade egoísta de desabafo. Gostaria de ter de volta o lápis e os pedaços de papéis. Sem esquecer do amado corretivo! Aquele que quando errávamos na escrita, tínhamos que esperar secar para escrever por cima... Como aquilo era mágico (por isso o nome era Toque Mágico, hoje eu entendo!). A internet nos conecta até a China (lembra quando parecia ser irreal chegar até lá?), em contrapartida, nos ausenta da casa do nosso vizinho, do toque, do cheiro, porque é mais fácil falar rapidamente através do bate papo (online), do que caminhar alguns passos até lá (offline). Não quero mais a evolução da comunicação, até mesmo porque não entendo todas essas mudanças como evolução! Como evoluo falando com uma pessoa que mora tão longe, se não toco, nem vejo quanto eu deveria, quem está tão perto?
Digo não a EVOLUÇÃO ( sou retrô e isto está na moda!), sou adepta de um mundo com mais comunicação e menos ilusão!


Rebeca Barros

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